A PRISÃO DO DESEJO
GABRIEL W. TUDOR
Tua pele exerce uma força e libido que me atrai
E que uma tola conveniência obriga a resistir.
Verdade dita, tarefa difícil de realizar.
A língua que quer expressar o que o corpo sente
É impedida pela barreira dos dentes e a boca cala.
A garganta que engasga, encarcera a vontade
Que quer encontrar a liberdade
E te agarrar com braços poderosos.
Para logo em seguida se desfazer a cada beijo,
Desferidos como as garras de um animal faminto.
Eis aí a aspiração de todo desejo:
Jogar-se ao mar revoltoso de seus próprios delírios
E se afogar.
Viver em intensidade e então,
Sublimar.
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